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Conselho Tutelar: eleição é anulada em Belo Horizonte
Conselho Tutelar: eleição é anulada em Belo Horizonte
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• Conselho Tutelar: eleição é anulada em Belo Horizonte

Prefeitura de Belo Horizonte anunciou, nesta segunda-feira (9), que a eleição para o Conselho Tutelar foi anulada. A decisão foi divulgada pela secretária municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, Rosilene Rocha, durante coletiva de imprensa. Nova votação está prevista para o dia 3 de dezembro.

De acordo com o município, foram feito cerca de 53 mil cadastros para votar, porém só foram registrados 49 mil votos. Essa inconsistência que provocou a anulação.

“É possível que muitas pessoas tenham se cadastrado e não votado, e vice-versa”, afirmou a secretaria.

A votação aconteceu no dia 1º de outubro em todo o Brasil. Em Belo Horizonte, a votação foi tumultuada. Eleitores enfrentaram filas, lentidão do sistema e muitos tiveram que usar cédulas de papel.

No dia 5 de outubro, a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) entrou com uma ação na Vara Cível da Infância e Juventude para pedir a anulação da eleição na capital. Cédulas impressas, urnas feitas de papelão e votos não computados são alguns dos problemas apontados pela DPMG. (veja lista mais abaixo).

O órgão já havia recomendado a anulação do pleito, o que foi negado pela Prefeitura.

Problemas relatados pela Defensoria:

A Defensoria listou uma série de supostas irregularidades na ação apresentada à Justiça:

  • impossibilidade do exercício do direito ao voto por um número considerável de cidadãos por inoperabilidade do sistema de votação adotado;
  • negativa, por parte da Prefeitura de Belo Horizonte, de concessão da gratuidade do transporte coletivo no dia da eleição;
  • cédulas impressas e distribuídas sem nenhum controle;
  • urnas improvisadas em caixas de papelão fechadas com fita adesiva, sem lacre que garantisse a inviolabilidade;
  • divergência entre número de votos depositados nas urnas e as assinaturas dos presentes;
  • inobservância das coordenações das seções ao registro em ata de todas as intercorrências;
  • presença de fiscais ostentando propaganda de candidatos;
  • eleitores que forem impedidos de votar por constar, equivocadamente, que já teriam votado;
  • eleitores que não tiveram seus votos computados no sistema;
  • candidatos que não eram encontrados no sistema.

 

Belo Horizonte e Maceió foram as únicas capitais a não utilizar urnas eletrônicas cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A PBH afirmou que isso foi motivado por uma lei municipal.

G 1

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