Mesmo em meio ao recesso parlamentar, deputados e senadores se movimentam para tentar derrubar a medida provisório do governo federal que determinou a reoneração gradual da folha de pagamento. Em entrevista à Jovem Pan News, o senador Efraim Filho (União) criticou a falta de diálogo do Executivo em relação à medida e avaliou que o governo tenta impor uma medida que não conta com apoio. “Se o governo quer realmente sinalizar diálogo com Congresso, o caminho, que nós já viemos defendendo desde o ano passado, seria enviar uma proposta de alteração de projeto de lei e não uma medida provisória. A MP passa uma imagem de imposição de agenda e não de diálogo. Porém, o governo procurou se blindar antes dessa situação, trazendo uma medida provisória não exclusiva com desoneração mas também trazendo outros temas da agenda econômica”, pontua. Efraim afirma que o desejo dos líderes do Congresso seria de devolver a medida provisória, mas como existem outros temas da agenda econômica dentro do texto, os parlamentares devem debater o assunto em maior profundidade com a retomada do trabalho parlamentar.
“A verdade é que o governo deixou a desoneração tramitar por 10 meses no Congresso, os líderes do governo votaram a matéria, apoiaram a matéria e depois o governo vem com o veto. Não satisfeito, o Congresso Nacional derruba o veto e agora, com a medida provisória, o que acontece é que o governo está querendo inovar e fazer a derrubada da derrubada do veto. E isso gerou uma repercussão muito ruim no Congresso, muito negativa. O governo tentando impor uma agenda através de medida provisória, ao qual ele não teve votos para sustentar em Plenário, e isso realmente tem gerado essa reação. Acredito que o ministro Fernando Haddad fica em dificuldade para manter o seu texto na medida provisória. E, a partir da semana que vem, os líderes se reúnem com o Rodrigo Pacheco, ou para estimular a devolução da medida provisória ao governo, ou então para guardar A retomada dos trabalhos em fevereiro e fazer a votação, que acredito que terá votos suficientes para a derrubada da medida no Plenário”, afirmou o senador.
Jovem Pan