Uma professora da rede municipal de Goiânia, que não quis se identificar, disse que precisou pagar cerca de R$ 550 para fazer capas para colchonetes rasgados. As famílias de estudantes denunciaram que crianças precisaram dormir no chão e debruçadas sobre as mesas por causa da falta de colchonetes em Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) e escolas de ensino infantil da capital
“Eu ficava com muita dó de ver as crianças dormindo naqueles colchões de plástico, um plástico que foi rasgando, porque é muito fino”, contou a professora.
Segundo a professora, os colchonetes começaram a rasgar cerca de dois meses após a entrega. Então, para contornar a situação, ela comprou tecido e pagou uma costureira para fazer capas.
Conforme a vereadora Aava Santiago (PSDB), que recebeu os registros de pais e fez a denúncia no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), as imagens foram feitas após o início do ano letivo, na segunda-feira (22). Entre as unidades denunciadas estão o Cmei Oriente Ville e a Escola Municipal Frei Nazareno Confaloni.
A Secretaria Municipal de Educação (SME) afirmou que encaminhou novos colchonetes na quarta-feira (24) e determinou que os servidores de apoio pedagógico e de administração educacional realizem um levantamento em todas as unidades de ensino de Goiânia para verificar o uso dos materiais utilizados pelos estudantes da rede – leia nota na íntegra no final do texto.
O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) expediu uma medida cautelar determinando que a SME disponibilize colchonetes para adequado repouso a todos os estudantes. O documento ainda dá o prazo de dez dias para que o órgão preste esclarecimentos ao tribunal.
Nota da Secretaria Municipal de Educação (SME)
– A Secretaria Municipal de Educação (SME) está apurando com rigor as denúncias e informa que a unidade educacional em questão iniciou o ano letivo com um saldo de R$ 473 mil em conta, recurso suficiente para adquirir todos os itens necessários para a volta às aulas.
– O valor, encaminhado em setembro do ano passado, é destinado especificamente para o custeio e aquisição de itens como colchonetes, produtos de higiene e outros materiais utilizados pelos estudantes.
– O município ressalta que, além de apurar a denúncia, envia recursos de forma sistemática, descentralizada e antecipada para todas as unidades de ensino de Goiânia. Ao todo, R$ 9 milhões foram destinados para garantir o início do ano letivo.
– A SME Goiânia pontua, por fim, que encaminhou novos colchonetes à escola nesta quarta-feira (24/1), e determinou que os servidores de apoio pedagógico e de administração educacional realizem um levantamento em todas as unidades de ensino de Goiânia para verificar o uso dos materiais utilizados pelos estudantes da rede.
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