Seja bem vindo, hoje é 30 de novembro de 2024

Bebê mineira que nasceu com 510g recebe alta com três meses de idade
Bebê mineira que nasceu com 510g recebe alta com três meses de idade
Parceiros do Rede Repórter

• Bebê mineira que nasceu com 510g recebe alta com três meses de idade

Com pouco mais de três meses de vida, Zaylla Vitorya Aquino vem superando desafios. O primeiro foi sobreviver à condição de prematura extrema, quando nasceu em 3 de dezembro do ano passado, com cerca de cinco meses, 29 centímetros e pesando 510 gramas no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), em Uberaba.

Por causa disso, a menina foi para a Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal (UTIPN) do centro de saúde, de onde recebeu alta em 8 de março (sexta-feira), Dia Internacional da Mulher.

Depois de ficar internada durante dez dias na ala de pediatria do HC-UTM, a bebê recebeu alta nesta segunda-feira (18/3) e foi para casa. Durante esse período na ala de pediatria, ela ingeriu leite artificial por meio de sonda, sendo liberada após aprender a mamar na mamadeira.

A mãe dela, a dona de casa Clecilândia de Aquino, de 29 anos, contou com que Zaylla apresentou intolerância à lactose durante o período em que esteve internada. “Então mudaram o leite para o Neocate e ela está super bem”.

Clecilândia diz que a sua pequena está nesse momento com 2,3 kg e quase 50 cm. “E mamando na mamadeira 60 ml de leite de 3 em 3 horas. O primeiro dia que ela mamou na mamadeira foi quinta-feira passada (14/3), ou seja, aprendeu super rápido”, comemora.

A próxima consulta de Zaylla, na ala de pediatria do HC-UFTM, acontece em 6 de abril.

“Pra mim é muito gratificante ver o quanto Jesus agiu na vida dela; para quem não tinha expectativa de vida e hoje (18/3) está indo pra casa. Foi um milagre de Deus ela sobreviver. Foram longos dias de angústia e outros de felicidade. Sou muito grata, primeiramente, a Jesus e segundo à equipe do HC-UFTM pelo cuidado é o carinho prestado a ela”, declarou Clecilândia.

De acordo com o hospital, Zaylla foi o menor bebê já atendido na instituição. “Sua prematuridade extrema é desafiadora, por ocorrer quando um bebê nasce com menos de 28 semanas de gestação, mas Zaylla tornou-se um exemplo de esperança e superação para todos que a cercam”, diz trecho da nota do HC-UFTM.

Progresso e evolução surpreendentes

A médica responsável pela UTIPN, Fabiana Barsam, disse que o progresso e evolução de Zaylla foram surpreendentes. “Com apenas 510 gramas ao nascer, a equipe enfrentou grandes desafios para garantir sua qualidade de vida, intensificando cuidados com a pele, cérebro, pulmão e retina. Além disso, a estratégia adotada para garantir o desenvolvimento saudável de Zaylla incluiu diminuição do ruído e da luminosidade, manuseio mínimo, controle do oxigênio ofertado e o contato pele a pele”, pontuou.

Ainda conforme a médica, a dedicação da família, em especial da mãe, foi fundamental para o progresso da bebê. “A família da Zaylla é excelente. A mãe fez questão, o tempo todo, do contato pele a pele e de ofertar seu leite, o que foi de extrema importância para Zaylla”, afirmou Fabiana.

Mesmo após a alta hospitalar, o HC-UTFM declarou que Zaylla precisará continuar seu tratamento no hospital, com acompanhamento especializado de oftalmologia e pediatria.

“Sua história é um exemplo de superação e esperança, mostrando que, mesmo diante dos desafios da prematuridade extrema, a dedicação e o cuidado podem fazer verdadeiros milagres”, destacou o HC-UFTM.

Recorde mundial

Em 10 novembro de 2021, Curtis Butler, um bebê do Alabama (Estado Unidos), na época com pouco mais de 1 ano de vida, recebeu o título de bebê mais prematuro do mundo a sobreviver pelo Guinness World Records. Em 5 de julho de 2020, a mãe Michelle Butler estava grávida de 21 semanas (cinco meses) de gêmeos quando foi levada às pressas para o trabalho de parto de emergência no Hospital da Universidade do Alabama em Birmingham.

Apenas Curtis sobreviveu. Já a irmã dele, C’Asya, faleceu um dia depois de nascer, devido a complicações no quadro de saúde.

Estado de Minas

Parceiros do Rede Repórter