O policial militar Leandro Alves Rocha, que se trancou durante horas em um motel e depois atirou contra a própria cabeça, teve a morte cerebral confirmada na manhã desta sexta-feira (12) e segundo a advogada da esposa do militar, a decisão da doação de órgãos veio da mulher, que contou à Itatiaia, que era uma vontade do militar.
Ainda segundo ela, agora a doação depende de uma análise onde os médicos vão confirmar quais órgãos podem ser doados. O falecimento do militar ocorreu às 4h24, no Hospital João XXIII Pronto Socorro, onde ele estava internado.
O homem deixa duas filhas, de 11 e 13 anos. Ele passava por processo de divórcio com a esposa e estava afastado das funções na Polícia Militar de Minas Gerais.
Nessa quarta-feira (10), o caso mobilizou várias equipes de segurança, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Corpo de Bombeiros, na região oeste de Belo Horizonte.
Entenda o caso
O agente deu entrada no Motel Barão, na avenida Barão Homem de Melo, no bairro Estoril, na região Oeste de Belo Horizonte, na noite de terça-feira (9). Ele estava sozinho e armado.
Na tarde de quarta-feira (10), a PM recebeu a informação de que o militar estaria em surto e ameaçando tentar contra a sua própria vida.
Segundo a apuração da Itatiaia, o militar teria ido ao local após descobrir que havia um mandado de prisão em aberto contra ele. Na segunda-feira (8), o policial descumpriu uma medida protetiva e agrediu a esposa. Os dois estariam passando por um processo de separação.
O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foi acionado para ajudar a negociar a rendição do policial. Segundo a apuração da Itatiaia, o militar estava afastado da corporação por problemas psicológicos. Ele já havia tido o porte e a posse de arma de fogo retirados pela Polícia Militar.
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