O Serviço Secreto dos Estados Unidos aumentou a proteção para o candidato do partido Republicano à Presidência do país, Donald Trump, nas últimas semanas após tomar conhecimento de um suposto plano do Irã para assassinar o postulante à Casa Branca.
A informação partiu da agência de notícias americana Associated Press. As primeiras informações indicam que a trama iraniana não tenha relação com o ataque sofrido por Trump no comício do último sábado (13), segundo duas autoridades americanas ouvidas pela agência.
Ao saber da ameaça, a administração Biden procurou funcionários do Serviço Secreto para os alertar. A informação, então, foi compartilhada com o principal agente da equipe e da campanha de Trump. Isso levou a agência a aumentar recursos e ativos. As autoridades falaram à AP sob condição de anonimato.
Mesmo diante das informações, o Serviço Secreto não conseguiu impedir o ataque sofrido por Trump no sábado, durante um comício, na Pensilvânia. Na ocasião, Trump sofreu um ferimento na orelha, um participante foi assassinado, e outras duas pessoas se feriram com gravidade. Um rapaz de 20 anos, autor do atentado, foi morto por agentes de segurança americano.
Morte de Qassem Soleimani
Em janeiro de 2020, quando os Estados Unidos eram governados por Trump, um bombardeio ordenado pelo então presidente matou o major-general Qasem Soleimani, que tinha 62 anos e comandou por mais de 20 anos as Forças Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária Iraniana. Soleimani tinha elo com milhares de mortes no Oriente Médio.
“Como já dissemos muitas vezes, há anos acompanhamos as ameaças iranianas contra antigos funcionários da administração Trump”, disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson.
“Estas ameaças surgem do desejo do Irã de procurar vingança pelo assassinato de Qassem Soleimani. Consideramos esta uma questão de segurança nacional e interna da mais alta prioridade”, completou em entrevista à AP. “As autoridades policiais relataram que a investigação não identificou ligações entre o atirador e qualquer cúmplice ou conspirador, estrangeiro ou nacional”, acrescentou Watson.