Tatiana Santos/radiopontal.com.br
A data de 12 de outubro é muito significativa para os católicos no Brasil, já que é referenciada como Dia de Nossa Senhora Aparecida e Dia das Crianças. Diversos eventos são realizados em todo país, tendo como foco a fé na santa que é considerada a padroeira da nação. Para comemorar a data festiva, foi realizado um evento que teve concentração no bairro Barreiro, em Itabira. No local, a reportagem encontrou o comerciante de 51 anos, Elias Aureliano Silva, conhecido como Tizé, que tem uma história de devoção à Aparecida, história essa que tem gosto de milagre.
Como contou, quando ele tinha 15 anos e morava na roça, seu pai precisava sair com sua rural (veículo antigo de carroceria) com a esposa, os cinco filhos, além de uma carga de material de construção. Ele resolveu seguir por uma estrada que a família não costumava passar, a contragosto da esposa, que pediu que ele não fizesse o trajeto. Mesmo assim, o pai utilizou a estrada para ‘cortar volta’.
Nesse momento, o veículo perdeu o freio em uma serra, onde havia um barranco. “Minha mãe mandava parar o carro e ele não parava. Quando minha mãe viu que não tinha condições, que o carro não parava, ela foi observar que estava sem freio. Aí ela pediu a Nossa Senhora para que parasse o carro”.
Elias continuou narrando a história: “Nisso, no barranco tinha uma madeira. Meu irmão jogou para o lado do barranco, o carro bateu na madeira, capotou, deu quatro piruetas, ficou com os quatro pneus para o alto. Nisso, a gente que estava por cima do material, a gente ficou por baixo. E graças a Deus, só meu irmão mais velho na época que teve um arranhão leve na testa e ninguém teve ferimento grave”, detalhou o devoto.
Sobrevivendo por milagre
Elias afirmou que todos que viram o estado da rural perguntaram se algum passageiro sobreviveu. “E isso para mim, a partir desse dia para cá, a minha devoção a Nossa Senhora Aparecida foi naquela hora, que foi um milagre, eu vi que foi um milagre”, descreveu. Ainda de acordo com ele, se o carro tivesse deslizado mais 100 metros, toda a família cairia no abismo que estava logo à frente e seria praticamente impossível encontrar algum sobrevivente.
O comerciante afirma que considera Aparecida milagreira, que está sempre com ele, em sua mente e entre a sua família. A mãe dele foi diagnosticada com um câncer, fez tratamento em um hospital de Belo Horizonte, e hoje, aos 84 anos, ela não tem mais a doença. “Ela está lucidazinha, é muito devota de Aparecida”, finalizou.