As FDI (Forças de Defesa de Israel) e a Força Aérea confirmaram, na tarde desta quinta-feira (17), a morte do líder do grupo terrorista Hamas, Yahya Sinwar, em uma ação de rotina na cidade de Rafah, na Faixa de Gaza, na noite de quarta-feira (16).
“Yahya Sinwar planejou e executou o massacre de 7 de outubro, promoveu sua ideologia assassina antes e durante a guerra e foi responsável pelo assassinato e sequestro de muitos israelenses”, afirmam as autoridades em comunicado.
A imprensa israelense noticiou que teria sido um “encontro completamente acidental”. Não havia uma operação especial em andamento.
As Forças de Defesa de Israel tiveram um confronto de rotina e acabaram matando três terroristas, entre eles Sinwar. Há relatos ainda de que, com o grupo, havia grandes montantes de dinheiro em espécie, granadas e carteiras de identidade.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, parabenizou as equipes que atuaram na ação para eliminar o terrorista.
“Sinwar, o principal terrorista, que liderou o ataque mortal de 7 de outubro, foi responsável durante anos por ataques cruéis contra cidadãos de Israel, de outros países e pelo assassinato de milhares de inocentes. Toda a sua ação foi dedicada ao terrorismo, ao banho de sangue e à desestabilização do Oriente Médio.”
Em visita à fronteira da Faixa de Gaza, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, fez um apelo aos moradores do território palestino.
“Sinwar terminou sua vida espancado, perseguido e em fuga, não como um comandante, mas como alguém que cuidava apenas de si mesmo. Esta é uma mensagem clara para as famílias dos mortos e sequestrados, mas também para os moradores de Gaza: o fim do homem que trouxe desastre sobre vocês chegou. Esta é a hora de libertar os sequestrados e se render.”
Sinwar foi o mentor da invasão do Hamas ao território israelense em 7 de outubro, que resultou em 1.200 mortos e 250 sequestrados — estima-se que 101 deles ainda estejam em Gaza, mas não se sabe ao certo quantos estariam vivos.
Ele assumiu o comando do grupo terrorista depois da morte de Ismail Haniyeh, em uma explosão em um edifício de Teerã, capital do Irã, no fim de julho deste ano.
O paradeiro do líder terrorista era desconhecido nos últimos meses. O jornal britânico The Times noticiou recentemente que assassiná-lo era uma missão difícil, pois andava com uma bolsa de dinamite e reféns israelenses.
O Exército de Israel, no entanto, diz que não havia reféns no edifício onde ocorreu a ação militar que eliminou o chefe do grupo extremista.
Apelidado de “Açougueiro de Khan Younis” (cidade na Faixa de Gaza), devido à crueldade de seus crimes, Yahya Sinwar ficou preso em Israel entre 1988 e 2011, quando foi libertado em uma troca de prisioneiros, e voltou a ocupar postos importantes na organização desde que retornou para o enclave palestino.
A identificação foi facilitada porque autoridades israelenses tinham amostras de DNA, impressões digitais e registros da arcada dentária de Sinwar, esta última que teria sido usada inicialmente para a comparação.
R7