A Polícia Civil investiga a morte de uma criança de quatro anos, portadora de paralisia cerebral, encontrada morta durante a noite desse domingo (17) com sinais de maus-tratos e desnutrição.
O crime foi registrado como homicídio qualificado por omissão, fazendo com que a mãe da criança, de 27 anos e o namorado dela, de 23 anos, fossem detidos em flagrante. O caso possui diversas nuances que estão intrigando as autoridades.
A morte
A criança, que se alimentava por sonda, foi encontrada na cama, desnutrida, com manchas semelhantes a escoriações no rosto. Larvas foram encontradas no tubo que levava alimento direto ao estômago da vítima.
Além disso, as fraudas da criança estavam sujas. Por volta das 20h, a mãe notou que o filho estava gelado e acionou o SAMU, que constatou o óbito da vítima, gerando o atestado necessário para os procedimentos funerários.
A recusa da funerária
Ao se depararem com o corpo da criança, os agentes funerários se recusaram a fazer o translado, afirmando que a morte poderia ter sido causada por violência. A polícia foi acionada imediatamente pelos profissionais.
Após tomarem par da situação, os militares prenderam a mãe do menino e o seu companheiro, sob a suspeita de maus-tratos. O corpo da criança foi encaminhado ao Instituto Médico Legal da cidade.
Segunda vez
A mulher não explicou aos policiais o porquê do filho estar naquelas condições. Já qualificada como suspeita, disse apenas que alimentou ao filho por duas vezes durante o domingo, e na terceira vez, já à noite, viu que a criança estava fria, chamando o socorro em seguida.
No ano passado, a mulher já tinha perdido outra filha, após a criança se engasgar com o leite materno. A polícia descobriu que ela não havia “dado baixa” nos documentos da criança, ato obrigatório que parentes devem proceder após o óbito de um familiar.
O companheiro da mulher possui passagens por roubo.
