A Polícia Civil investiga a morte de um homem de 39 anos durante uma cerimônia religiosa em um centro de umbanda nesta sexta-feira (15), em Uberaba. Na ocasião, a vítima passou mal após usar rapé, tabaco em pó.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no centro religioso e o homem não teve respostas às manobras de reanimação, tendo a morte confirmada no local.
O advogado de defesa do centro de umbanda, Gilvan Nogueira, informou à TV Integração que a morte do homem foi devido a uma parada cardíaca e não pelo uso do rapé.
“O rapé provoca sim uma reação física, mas para chegar ao ponto de levar uma pessoa a óbito nós não temos esse histórico ainda, mas pelos procedimentos apresentados pela PM, Civil e pela medicina legal, chegou-se a uma pré-conclusão que o óbito não foi por causa do rapé e sim uma parada cardíaca. Se fosse pelo rapé seria um choque anafilático”, disse o advogado Gilvan.
Conforme o boletim de ocorrência, o dirigente do centro religioso disse que a passagem do rapé é comum durante os cultos. Ainda conforme relato para a Polícia Militar (PM), a cerimônia começou por volta das 16h45 e a vítima passou mal às 17h05.
A tia da vítima, que também estava no local, contou que eles foram juntos e não ingeriram nenhum tipo de bebida alcoólica, tendo usado somente o pó de rapé. Outro parente relatou ainda que a vítima tinha histórico na família de hipertensão.
A PM localizou garrafas de vinho no local, usadas, segundo o dirigente do centro religioso, na produção de chás.
Em depoimento, o dirigente contou que a vítima cumpria a função de ‘guardião’, e era responsável por cuidar das pessoas que participavam do ritual.
O corpo da vítima foi encaminhado ao Posto Médico-legal para ser submetido a exames.
A perícia recolheu o pó de rapé usado na cerimônia e levou para análise. Em nota para o g1, a Polícia Civil informou que “aguarda a conclusão do laudo pericial para atestar as circunstâncias e a causa da morte”.