Para alguns, o primeiro dia de Carnaval em Belo Horizonte foi marcado pela festa e pela folia. Mas para outros, foi marcado pela perda da liberdade. Até o fechamento desta reportagem, 14 pessoas haviam sido presas na folia da capital neste sábado (1º) com ajuda do reconhecimento facial por drones.
De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais, as pessoas detidas estavam descumprindo medida judicial ou tinham mandado de prisão em aberto. Os crimes atribuídos a elas envolvem furto, roubo, homicídio e estupro de vulnerável. A O TEMPO, o comandante de Operações da 6ª Companhia do 1º Batalhão da PMMG, tenente Hamilton Silva, explica como funciona a estratégia.
“Os drones têm uma câmera que é ligada a um programa. Esse programa possui um banco de dados com essas informações de mandados de prisão e pessoas que estão cumprindo medidas judiciais. Uma vez captada a imagem do indivíduo, a câmera consegue apontar se ele está em desfavor com a justiça. Em seguida, isso é sinalizado por um militar que acompanha essas informações, e esse agente as replica para as viaturas em serviço. As viaturas então se deslocam de forma célere até ele”, detalha.
Na véspera do Carnaval, o sistema ajudou a prender um suspeito na rodoviária de Belo Horizonte, por volta das 20h30. Segundo o tenente Hamilton, o homem tem condenação por estupro de vulnerável. “Ele tem 30 anos de idade e foi condenado por estupro de vulnerável 13 anos atrás. Ele ia viajar para outra cidade”, revelou.
O projeto do reconhecimento facial por drones está em andamento desde o começo do ano, em parceria do 1º Batalhão de Polícia Militar de Minas Gerais com o Serviço de Inteligência do Comando de Policiamento da Capital. Desde o começo do projeto, já foram efetuadas 200 prisões, de criminosos condenados ou com medidas restritivas por crimes como furto, roubo, homicídio e estupro de vulnerável.
