O concurso público da Polícia Militar de Minas Gerais está aberto. Os editais com as informações foram publicados nesta semana no site da corporação.
Os salários são de R$ 4.360,83 para soldados de 2ª Classe e R$7.175,30 para oficiais.
O curso para soldados tem previsão de duração de nove meses, em tempo integral, com regime de dedicação exclusiva e atividades escolares extraclasse após as 18h, inclusive aos sábados, domingos e feriados. Já para oficiais o tempo de duração é de três anos.
Os requisitados para soldados é ter nível superior de escolaridade; estar quite com as obrigações eleitorais e militares; entre 18 (dezoito) e 30 (trinta) anos de idade; Carteira Nacional de Habilitação válida, no mínimo na categoria “B”; altura mínima de 1,60m (um metro e sessenta centímetros). Já para o cargo de oficial é necessário ter também o título de bacharel em Direito.
As inscrições serão feitas somente via internet, por meio do site da Polícia Militar. O candidato deverá selecionar corretamente o concurso para o qual concorrerá, o local de prova, aceitar os termos e concluir a inscrição. A taxa de inscrição para soldados é de R$ 101 e para oficiais de R$ 220.
Para os oficiais, serão 180 vagas, apenas em Belo Horizonte. Serão disponibilizados para os soldados de 2ª Classe 3.102 vagas, divididas em 18 municípios mineiros. Mais informações confira nos editais de oficiais e de soldados.
Melhores salários
As forças de segurança pública estão realizando uma série de manifestações pedindo ao governo de Romeu Zema (Novo) por melhores condições para a categoria. De acordo com o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil no Estado de Minas Gerais (Sindpol-MG) o objetivo é “cobrar ações governamentais em prol da garantia da segurança pública e dos direitos dos servidores da segurança pública de Minas Gerais”.
De acordo com a entidade, as perdas inflacionárias da categoria somam 41,6% nos últimos sete anos. “Diante disso, é preciso ressaltar a importância da presença de servidores da segurança pública e apoiadores da causa para que o ato seja de impacto e sirva de alerta para o governador Romeu Zema”, afirma entidade, em nota.
Em fevereiro, os agentes de segurança pública fizeram um protesto pela recomposição salarial no Centro de Belo Horizonte. A principal reivindicação tem como objeto uma promessa feita por Zema no fim de 2019. Na ocasião, o governador concordou em conceder duas parcelas de 12% e uma de 13% de reajuste salarial nos anos subsequentes. No entanto, apenas uma foi paga.
Em entrevista recente, o governador disse que quem não estiver satisfeito no setor público pode ir para o setor privado. “O setor público existe para levar melhor serviço público para cidadão e não ficar beneficiando uma casta de privilegiados. Se alguém acha que o setor público não paga tão bem, pode seguir carreira no setor privado”, afirmou Zema, em entrevista ao programa Direto ao Ponto, da rádio Jovem Pan. Zema havia sido questionado se é possível mudar a “cultura” de “sempre extrair um pouco mais”, que uma “elite do funcionalismo” mantém.
A Associação dos Praças Policiais e dos Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra) foi procurada pela Reportagem, que aguarda resposta.