O horticultor Bruno Bauer, de Ponta Grossa, no Paraná, tem um diferencial em sua horta: um tomate preto. Ele conta que a espécie exótica da fruta foi importada da Bélgica e se adaptou muito bem ao clima da região.
“É uma fruta muito doce, bem gostosa. Preto por fora e verde dentro. Quando maduro, fica vermelho”, explica.
Sim, o tomate é uma fruta. Botanicamente falando é um fruto, designação aplicada aos alimentos com teor de açúcar elevado. Fruta é o nome comercial.
Curiosidades à parte, por causa da coloração, o tomate do Bruno caiu no gosto dos chefes de cozinha. Os 400 quilos desta safra já estão vendidos, antecipadamente, para diferentes restaurantes do estado.
Feliz da vida, ele conta que cultiva tomates há 15 anos, sempre de forma orgânica. Começou apenas com tomates tradicionais: salada, italiano e cereja. Um dia, depois de trocar ideia com um amigo que já tinha experiência no ramo, decidiu importar sementes de outros países. A plantação dos tomates pretos começou em 2023.
Com a boa aceitação do produto, ele conta que esse ano se planejou melhor, fez uma estimativa de safra e plantou 100 pés. Sua meta agora é conseguir vender a fruta também para supermercados.
Chineses criaram o tomate roxo
Em 2019, pesquisadores chineses anunciaram o desenvolvimento de um tomate roxo geneticamente modificado, rico em antocianinas, um grupo de pigmentos antioxidantes que também fornecem as cores púrpura, vermelha ou azul de muitas frutas e legumes.
Em 2011, um pesquisador da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP) também desenvolveu uma variedade de tomate roxo, só que menor que os convencionais.
Alguns estudos sugerem que o consumo de antocianinas na dieta pode diminuir o risco de doenças cardiovasculares e câncer.
Itatiaia