A Caixa Econômica Federal tem estudado fechar um contrato de R$ 411 milhões com a empresa Cactvs, acusada de fraudar uma licitação do Banco do Nordeste (BNC) para operar microcrédito rural.
A Cactvs foi proibida de operar com o BNB até março de 2025. A decisão partiu do próprio banco após os problemas.
O contrato em análise prevê o pagamento milionário em 60 meses. O valor pode ser ainda mais, a depender do desempenho da operação. Estima-se que sejam operados 40 mil contratos anuais de microcrédito. Na divisão da remuneração, a Cactvs fica com 66% e a Caixa com o restante.
As condições do microcrédito preveem contratos de até R$ 10 mil com carência de até 36 meses e prazo de pagamento semelhante. Além das acusações de fraude, a investigação contra Fernando Passos, responsável pela área jurídica da Cactvs, tornou-se mais um problema no processo de contratação.
Fernando Passos enfrenta na SEC, órgão responsável pelo mercado de ações nos Estados Unidos, um processo pela divulgação de um boato falso sobre o interesse da Berkshire Hathaway, do megainvestidor Warren Buffet, nas ações da empresa.
A declaração do responsável levou a uma alta no preço das ações do IRB, sendo desmentido pela companhia norte-americana.