A epidemia de dengue atinge números alarmantes no Brasil em 2024, com mais de 1,6 milhão de casos prováveis e confirmados até o momento — exatos 1.684.781. De acordo com o Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, esse número já superou a totalidade de casos registrados em 2023. O país enfrenta o segundo maior surto da doença desde o início da série histórica, em 2000, ficando atrás apenas do recorde de 2015, com 1.688.688 casos. No Estado de São Paulo, onde a situação é especialmente preocupante, foram adotadas medidas emergenciais pelo Centro de Operações de Emergências (COE) do governo. Entre essas medidas, destaca-se a aquisição de 300 mil unidades de repelentes específicos para gestantes, visando proteger cerca de 50 mil mulheres durante o período de emergência em saúde pública decretado recentemente.
Além disso, o COE criou o primeiro comitê estadual de investigação de óbitos por arboviroses urbanas, evidenciando a gravidade da situação. A Secretaria de Estado da Saúde anunciou a compra centralizada de medicamentos e insumos para distribuição aos municípios, enquanto o Instituto de Infectologia Emílio Ribas em São Paulo está abrindo novos leitos para atender casos graves. A falta de controle efetivo da doença pode levar o país a um cenário ainda mais desafiador, com estimativas de até 4,2 milhões de casos, segundo órgãos públicos. Em São Paulo, a epidemia não afeta apenas diretamente os pacientes, mas também tem impactos indiretos, como na disponibilidade de sangue para transfusões, conforme alertado pelo GSH Banco de Sangue de São Paulo.
A Prefeitura de São Paulo também intensificou as medidas de combate à dengue diante do aumento expressivo de casos, que já representa 75% da demanda total do ano anterior em apenas dois meses. O crescimento na procura por testes diagnósticos e o registro de casos recorde desde 2015 evidenciam a urgência de ações coordenadas para enfrentar essa epidemia que assola o país.
Jovem Pan