O menino de 8 anos que ingeriu um produto de limpeza, constituído por soda cáustica, dentro de escola, em Lagoa Santa, está internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do hospital João XXIII, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. O pai da criança, Fernando Kneipp, de 40, informou à reportagem de O TEMPO, nessa quarta-feira (14 de agosto), que a recuperação do filho está “melhor que o esperado” em uma situação de intoxicação.
De acordo com o pai, o produto químico feriu o estômago do menino. O estado de saúde dele é grave, mas, diante das circunstâncias, é positivo para uma boa recuperação. “Acabei de sair da sala da médica. Ela me explicou que, graças a Deus, com toda tensão e toda gravidade, o quadro do meu filho está melhor que imaginaram. Dentro das possibilidades de gravidade de quem ingere esse tipo de substância tóxica, ele está em um nível de perigo menor”, explicou Fernando.
O que aconteceu?
O menino de 8 anos precisou ser internado após beber um produto de limpeza constituído por soda cáustica dentro da escola, no bairro Palmital, em Lagoa Santa, nessa segunda-feira (12 de agosto). O produto, levado por uma funcionária da unidade, estava dentro de uma embalagem de energético.
De acordo com o boletim de ocorrência, a professora do menino relatou aos militares que uma funcionária da escola trouxe o produto de limpeza para ela durante o período de aulas. Trata-se de um desincrustante, limpador de sujeiras difíceis de sair, e, por isso, corrosivo ao organismo humano.
O produto foi inserido dentro de uma garrafa de energético e a professora, conforme seu relato, guardou o item atrás de sua mochila. Os alunos, no entanto, encontraram a soda cáustica, sem saber do que se tratava. Um colega ofereceu a “bebida” ao menino, de 8 anos.
Assim que a criança ingeriu o produto de limpeza, ela começou a vomitar e foi levada por funcionários da escola até a UPA Palmital, mais próxima. Como, mesmo assim, o menino apresentou piora, o médico do posto pediu a transferência do paciente para um hospital para atendimento completo.
Ainda segundo as informações da Polícia Militar, o pai da criança só foi acionado pela escola quando houve necessidade de transferência hospitalar. Primeiro, a criança foi levada para a Santa Casa de Lagoa Santa e, depois, transferida para o João XXIII.
A direção da escola informou, no boletim de ocorrência, que está prestando “todo o apoio” ao aluno e aos familiares.
Secretaria de Educação da cidade vai apurar o caso
A Secretaria Municipal de Lagoa Santa informou que tomou ciência da situação na tarde de segunda-feira e que vai apurar o ocorrido dentro da escola. “O aluno foi levado ao hospital acompanhado pelo pai, a diretora escolar e a professora. Uma sindicância será aberta para apurar como esse produto foi parar em sala de aula, por não se tratar de um produto de uso da unidade escolar. A Secretaria e a Escola acompanham de perto o caso e prestam o apoio necessário nesse momento”, disse por meio de nota.
O que diz a Polícia Civil?
“A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apura os fatos que envolveram uma criança, de oito anos, ocorrido em unidade escolar nessa segunda-feira (12/8), em Lagoa Santa. Após os fatos, a vítima foi encaminhada ao hospital para o devido atendimento médico. Outras informações poderão ser repassadas à imprensa em momento oportuno.”