Cruzeiro e Racing, da Argentina, entrarão em campo às 17h (de Brasília) deste sábado (23) pela retomada do protagonismo internacional. As equipes se enfrentarão na grande final da Copa Sul-Americana, em jogo único e mando neutro, no Estádio La Nueva Olla, em Assunção, no Paraguai.
Em processo de recuperação após grave crise institucional e financeira, entre 2019 e 2023, o Cruzeiro quer se recolocar no cenário internacional e conquistar o seu oitavo título continental. O último título deste quilate foi em 1999, ao bater o River Plate e conquistar Recopa Sul-Americana relativa ao ano de 1998.
O Racing também quer voltar ao protagonismo na América do Sul. O clube de Avellaneda não vence um torneio internacional desde 1988, quando curiosamente bateu o Cruzeiro na final da Supercopa Libertadores.
O vencedor da Sula vai garantir também, em 2025, grandes disputas no cenário internacional. O campeão terá vaga na Copa Libertadores e na Recopa Sul-Americana do ano que vem.
Esse também é um desejo dos torcedores, que ao longo da semana tomaram Assunção por conta da final.
Cruzeiro
Bicampeão da Libertadores, em 1976 e 1997, o Cruzeiro, comandado pelo técnico Fernando Diniz desde 23 de setembro, estará com elenco quase completo nesta decisão. A baixa sentida entre os relacionados é o atacante argentino Juan Ignacio Dinenno, que, desde agosto, recupera-se de rompimento do ligamento cruzado anterior do joelho direito.
A princípio, Diniz tinha apenas uma dúvida para montar o time para a final: optar por manter o volante Lucas Silva como titular ou promover a entrada de Walace, jogador de maior marcação.
Mas, segundo Alê Oliveira, comentarista da Itatiaia, a opção será por Walace. Todo o elenco do Cruzeiro, com 33 jogadores, viajou para Assunção como forma de apoio e união do grupo pelo grande objetivo da temporada: a “Grande Conquista”, como divulga a competição.
O Cruzeiro vem de derrota por 2 a 1 para o Corinthians, na última quarta-feira (20), na Neo Química Arena, em São Paulo, pela 34ª rodada do Brasileirão. Na ocasião, a Raposa começou o jogo somente com jogadores considerados reservas, pensando justamente na final deste sábado.
Sétimo colocado do Brasileirão deste ano, com 47 pontos em 34 jogos, o Cruzeiro avançou às oitavas de final da Sul-Americana como líder do Grupo B – formado também por Universidad Católica-EQU, Alianza-COL e Unión La Calera-CHI. Em seguida, o clube celeste eliminou Boca Juniors-ARG, Libertad-PAR e Lanús-ARG para chegar à decisão.
Racing
A Academia de Avellaneda, campeã da Copa Libertadores e do Mundial de1967, é comandada pelo técnico Gustavo Costas desde dezembro de 2023. Costas é um histórico ex-jogador do clube e está na quarta passagem como treinador do Racing.
Costas tem o time definido para a final, no esquema 3-5-2. O meia Juan Fernando Quintero, da Seleção Colombiana, é a grande esperança de jogadas criativas no ataque.
Diferentemente do Cruzeiro, o Racing deixou alguns suplentes em Avellaneda. A despeito disso, Costas contará com força máxima e selecionou todos os atletas que pretendia para a decisão.
O Racing vive bom momento no ano e atuou pela última vez no domingo (17). Com time misto, a Academia bateu o San Lorenzo fora de casa por 2 a 1, no Estádio Nuevo Gasómetro, em Buenos Aires, pela 23ª rodada do Campeonato Argentino.
Na terceira posição do Argentino, com 40 pontos, o Racing foi o primeiro geral da fase de grupos. No Grupo H, enfrentou RB Bragantino, Coquimbo Unido-CHI e Sportivo Luqueño-PAR. A Academia passou ainda por Huachipato-CHI, Athletico-PR e Corinthians até a grande final em Assunção.
Itatiaia