As empresas estatais do Brasil enfrentaram um déficit primário de R$ 7,4 bilhões até setembro, o que representa o pior desempenho desde 2002, conforme dados do Banco Central. Desse total, as estatais federais contribuíram com um déficit de R$ 4,18 bilhões, enquanto as controladas pelos estados registraram um déficit de R$ 3,26 bilhões. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviço Público destacou que parte desse resultado negativo é atribuída a investimentos realizados, enfatizando que o déficit primário não é um reflexo preciso da saúde financeira das empresas. Em relação à dívida pública, a dívida bruta do Brasil alcançou 78,3% do PIB em setembro, apresentando uma leve queda de 0,2 ponto percentual em comparação ao mês anterior.
A dívida líquida, por sua vez, subiu para 62,4% do PIB, totalizando R$ 7,1 trilhões. O setor público consolidado, por sua vez, registrou um díficit primário de R$ 7,3 bilhões em setembro, uma melhora significativa em relação ao déficit de R$ 18,1 bilhões observado no mesmo mês do ano passado. No acumulado de 2023, o setor público consolidado acumulou um díficit primário de R$ 93,6 bilhões, o que equivale a 1,09% do PIB. Esse resultado é uma redução considerável em relação ao díficit de R$ 249,1 bilhões, ou 2,29% do PIB, registrado em 2022. Para o próximo ano, o governo brasileiro estima um díficit de R$ 28,8 bilhões, que representa o limite máximo estabelecido pela meta fiscal.
Publicada por Matheus Oliveira
Jovem Pan