O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos, morto em um ataque a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP), na sexta-feira (8), já tinha sido alvo de uma tentativa de assassinato em dezembro do ano passado.
Segundo um dos advogados de Gritzbach, na tarde do dia 25 de dezembro, o empresário estava em seu apartamento, no bairro Jardim Anália Franco, em São Paulo (SP), quando foi até a janela fazer uma foto da lua. Nesse momento, tiros foram disparados em sua direção. Ninguém ficou ferido. A polícia abriu um inquérito para investigar o atentado.
A defesa do empresário afirma que ele vêm sendo ameaçado pela facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) desde 2022 – quando dois membros do grupo criminoso morreram: Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como “Cara Preta”, e Antônio Corona Neto, o “Sem Sangue”.
O caso
O empresário Antônio Vinicius Gritzbach foi assassinado a tiros no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, um dos maiores do país. Criminosos encapuzados saíram de um carro preto e executaram o empresário usando fuzis.
Além do empresário, outras três pessoas foram atingidas: a técnica Samara Lima de Oliveira, de 28 anos, o funcionário de uma terceirizada do aeroporto Willian Sousa Santos, de 39, e o motorista de aplicativo Celso Araújo Sampaio de Morais, de 41. Nenhum deles conhecia Gritzbach.
Os três foram socorridos e encaminhados ao Hospital Geral de Guarulhos. Samara levou um tiro superficial no abdômen, recebeu atendimento médico, mas foi liberada. A técnica foi ouvida pela polícia ainda no local. William foi atingido por disparos na mão direita e no ombro, e segue internado em observação. O motorista de aplicativo Celso foi alvejado nas costas e está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Segundo o órgão, outras testemunhas estão sendo ouvidas pela Polícia Civil. Um carro, supostamente usado pelos atiradores, foi apreendido pela Polícia Militar.
A investigação também descobriu que quatro policiais militares faziam a escolta da vítima no momento do ataque. Eles tinham sido contratados para cuidar da segurança pessoal Gritzbach, que vinha sendo ameaçado pela facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).
Apesar de terem sido contratados para fazer a escolta de Gritzbach, os agentes não conseguiram evitar a morte do corretor de imóveis. Os quatro foram afastados da corporação e são investigados pela Corregedoria da Polícia Militar.