Na última terça-feira (18), um homem de 43 anos, residente no bairro de Mangabeira, Zona Sul de João Pessoa, arrancou os próprios olhos após um surto psicótico. A vítima foi socorrida imediatamente e levada ao Hospital de Emergência e Trauma da capital paraibana, onde permanece internada com quadro clínico estável.
De acordo com o irmão da vítima, o homem é paciente psiquiátrico e sofre de esquizofrenia. No dia do incidente, após um episódio de surto, ele foi levado pela família ao Pronto Atendimento de Saúde Mental (PASM), localizado no Complexo Hospitalar de Mangabeira, conhecido como Trauminha. O paciente recebeu alta médica no mesmo dia.
Após retornar do hospital, o homem foi até uma igreja e, em seguida, voltou para casa. Segundo o relato do irmão, ele decidiu tomar um banho e, durante o ato, começou a gritar. Ao verificar o que ocorria, o irmão encontrou o homem em uma cena aterrorizante: ele havia arrancado os próprios olhos. Questionado sobre o motivo, o paciente respondeu que vozes ordenaram que ele cometesse o ato.
Desesperado, o irmão coletou os olhos arrancados, colocou-os em um saco com gelo e levou o homem ao Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. A equipe médica informou que não foi possível reimplantar os olhos.
A vítima, agora com deficiência visual, terá que se adaptar a essa nova realidade.
Vale lembrar que há uma rede de atendimento em saúde mental em João Pessoa, que inclui os Centros de Apoio Psicossocial (CAPS) e o Pronto Atendimento de Saúde Mental (PASM), responsáveis por acompanhar casos psiquiátricos e atender urgências, como surtos psicóticos.
A porta de entrada para essa rede de apoio em saúde mental é a Unidade de Saúde da Família, com exceção dos casos de urgência, nos quais o PASM deve ser procurado.
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