Depois de afirmar que Vladimir Putin não seria preso no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recuou e disse que a decisão dependeria da Justiça. “Quem toma a decisão de prendê-lo é a Justiça. Não é nem o governo, nem o Congresso Nacional”, disse, em entrevista coletiva em Nova Délhi, na Índia, nesta segunda-feira, 11. Lula havia afirmado no sábado, 9, a uma emissora indiana, que convidaria Putin a vir à cúpula do G20 em 2024 no Brasil e que, “sendo ele o presidente”, não haveria motivo para que o líder russo fosse preso no país. Apesar do recuo, o petista manteve os questionamentos à legitimidade do Tribunal Penal Internacional, que condenou Vladimir Putin à prisão por crimes de guerra no conflito contra a Ucrânia. “Eu nem sabia da existência desse tribunal. Só quero saber por que Estados Unidos, Índia, China e Rússia não são signatários e por que o Brasil é signatário. (…) Me parece que os países do Conselho de Segurança da ONU não são signatários, só os bagrinhos”, questionou.
Mesmo atribuindo a decisão à Justiça brasileira no caso da vinda de Putin ao país, Lula disse esperar que o presidente russo e o chinês, Xi Jinping, que também não esteve na cúpula da Índia, venham ao encontro do G20 no Rio de Janeiro, em novembro de 2024. O presidente brasileiro assumiu a presidência rotativa do grupo ao final da cúpula em Nova Délhi. Representantes da oposição criticaram as falas de Lula.
Jovem Pan