O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) disse ter considerado “inapropriada” a postagem feita na Sexta-feira Santa (29/3) e a apagou nesta quarta-feira (3/4).
A decisão ocorreu após reunião da coordenação nacional da entidade. “Reafirmamos o respeito às religiões cristãs e o compromisso com a liberdade de manifestação religiosa”, explicou o movimento. Ainda repudiaram “as lideranças bolsonaristas que tentaram fazer uso político da situação”.
A postagem mostrava a imagem de Jesus crucificado ao lado de soldados romanos com os dizeres “bandido bom é bandido morto”.
Diversos políticos se manifestaram sobre o caso, o deputado estadual por São Paulo Danilo Balas (PL) acionou o Ministério Público do estado contra o MTST por intolerância religiosa.
Candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), chamou o MTST de “turma do Boulos”. “Na sexta-feira Santa, ver uma postagem dessas é de cortar o coração. Um sacrilégio. Essa turma do Boulos só ataca a tudo e a todos. Estou indignado”, reclamou.
Guilherme Boulos (Psol-SP), que também é um dos nomes que despontam na disputa pela prefeitura da capital paulista, foi militante e uma das lideranças do MTST, mas não integra mais o movimento.
Marina Helena, pré-candidata do Novo, foi outra que citou o “MTST do Boulos”. “Logo em um dia tão importante para os cristãos, o MTST do Boulos usou a crucificação para comparar bandidos e Jesus. Como é possível alguém cogitar que esse rapaz seja prefeito de São Paulo?”, questionou ela.
O deputado Kim Kataguiri (União-SP), que é outro que busca se candidatar nas eleições municipais em outubro, repercutiu a postagem do MTST. “Guilherme Boulos busca o apoio dos evangélicos ao mesmo tempo em que seu grupelho de invasores blasfemam Jesus no dia de sua morte!”, escreveu.