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• Mundo: Agente funerário é acusado de estuprar colega ao lado de cadáver

Em uma funerária no sul da Alemanha, uma mulher de 41 anos afirma ter sido estuprada três vezes por um colega de trabalho — sendo uma delas ao lado de um cadáver. O acusado, Bodo G., 68 anos, está sendo julgado no tribunal regional de Nuremberg. Os abusos teriam ocorrido durante a primavera de 2022, dentro do próprio local de trabalho.

De acordo com a vítima, um dos episódios aconteceu ao lado de um caixão aberto, com um corpo feminino no interior. Segundo a mulher, o homem fazia investidas constantes e usava frases explícitas para intimidá-la.

Vítima relata abuso ao lado de corpo em caixão aberto

A denúncia descreve três locais distintos onde os estupros teriam acontecido: em frente ao depósito de urnas, dentro da funerária e sobre um palete de madeira usado na decoração de caixões. Em

“Achei repugnante que o falecido ainda estivesse lá. Me deu muito nojo”, declarou ela em tribunal. Depois do episódio, conta que se limpou com lenços de papel que seriam usados para enxugar as lágrimas de enlutados.

Acusado fazia abordagens diárias

A rotina da vítima, segundo ela, era marcada por abordagens diárias. O agressor teria dito, em uma das ocasiões: “Meu p** está coçando, vamos lá”. Mesmo após afirmar que era lésbica, a mulher ouviu dele que “nada poderia acontecer”, porque ele havia sido esterilizado.

Agente funerário nega acusação

Durante o julgamento, Bodo G., casado e pai de família, negou todas as acusações. Disse que mantinha relações sexuais frequentes com a esposa, “duas vezes por semana, sempre com preservativo”, e alegou não ter motivo para estuprar alguém.

Também acusou a colega de manipular provas: “Ela pescou uma camisinha do meu lixo e jogou o conteúdo no necrotério para que o departamento de investigação criminal a encontrasse lá”.

O comportamento do acusado também foi citado em outro contexto. Ele teria demonstrado excitação durante um funeral ao observar uma mulher da família do falecido usando uma calcinha fio dental. No tribunal, ele negou sentir qualquer atração por cadáveres e classificou a acusação como absurda.

Vítima foi demitida após os abusos

Algum tempo depois dos supostos crimes, Bodo G. demitiu a mulher. A vítima, atualmente em tratamento para transtorno de estresse pós-traumático, acompanha o andamento do processo.

O veredito está previsto para o fim de abril e pode definir os rumos de uma história marcada por violência, silêncio e morte — não a do corpo ao lado do caixão, mas a de um espaço seguro que deixou de existir.

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