O primeiro turno das eleições para a presidência da França ocorre neste domingo (30), antecipadas de surpresa por Emmanuel Macron no começo deste mês, depois que o partido dele perdeu força nas eleições parlamentares da União Europeia. Pesquisas indicam que o presidente francês deverá ser derrotado, vendo a extrema-direita, da sua principal rival política, Mariene Le Pen, ganhar força.
Nesta sexta-feira (28) foi o último dia de campanha aqui na França. Os partidos saíram às ruas para panfletar e tentar conquistar os eleitores indecisos.
Com as Olimpíadas batendo na porta, Macron decidiu apostar tudo e acreditar que o eleitor iria refletir e não votar nos extremos da política francesa, da esquerda e da direita, optando pelo partido dele, de centro. Mas as últimas pesquisas mostram que o presidente pode ter criado uma armadilha para si mesmo.
O partido de Marine Le Pen, o Reunião Nacional, lidera a corrida, com cerca de 36% das intenções de voto. A frente formada por esquerda e extrema-esquerda aparece com 29% e os centristas de Macron apenas com 20%.
Macron tem tentado convencer os indecisos dizendo que votar na extrema-direita é uma traição ao que a França é. Mesmo perdendo, o presidente não deixa o cargo e é ele quem nomeia o primeiro-ministro, mas quem escolhe é o parlamento.
Mesmo liderando, o Reunião Nacional não deve conseguir maioria absoluta no congresso. Jordan Bardella, que pode se tornar o primeiro-ministro caso o partido vença, já disse que recusaria o cargo se a extrema-direita não vencer por maioria.
A tendência é que tudo fique para o segundo turno, no dia 7 de julho. Tudo isso vai depender se os rivais de Le Pen e Bardella se unirão para bloquear a extrema-direita de avançar na liderança do país.
- Band / Uol