Tatiana Santos/radiopontal.com.br
A modelo, jurada, apresentadora, atriz e cantora Elke Maravilha completaria 80 anos neste sábado (22/02). Ela era diabética e morreu em 2016, após complicações decorrentes de uma cirurgia. Nascida em Leutkirch, pequena cidade da Rússia, Elke Georgievna Grünupp, veio morar com a família no distrito de Ipoema aos 8 anos, para se refugiar da guerra. Ela viveu toda sua infância na Fazenda Cubango. Recentemente, o local foi adquirido pela mineradora Vale.
No começo da tarde deste sábado, no entanto, o prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage (PSB), publicou em sua rede social sobre a iniciativa de instalar um museu que pretende eternizar a memória da artista russo-ipoemense. O chefe do Executivo adiantou que pretende focar em detalhes da vida da ex-jurada do Show de Calouros.

“Queremos contar a sua história para as novas gerações e eternizar o legado da Elke Maravilha com a instalação de um museu, onde teremos as vestimentas, os vídeos, fotos e todo um acervo que irá contar a trajetória da modelo e artista de muitas faces”, escreveu na postagem.
Ainda de acordo com Marco Antônio, o município enviou um ofício à Vale, no início do mês passado. A proposta é que seja formalizada um Parceria Público-Privada (PPP) para que a fazenda onde vivia Elke Maravilha seja reconstruída, sendo viabilizado o museu para contar sua trajetória. “Estou certo de que a Vale entenderá a importância desse propósito e dará o apoio necessário para contarmos juntos a história de Elke Maravilha, uma personalidade icônica e que merece ser lembrada sempre”, finalizou o prefeito de Itabira.
Elke, a maravilha
Naturalizada brasileira, Elke saiu de casa aos 20 anos para morar sozinha no Rio de Janeiro, onde arrumou emprego como secretária bilíngue, valendo-se de sua fluência em oito idiomas, muitos deles aprendidos no próprio ambiente familiar. Formou-se em Letras e trabalhou como professora, tradutora e intérprete de línguas estrangeiras.
Começou a carreira de modelo no final da década de 1960. Como cantora ela começou por volta de 1972, quando passou a integrar o icônico corpo de jurados do programa de calouros de Chacrinha. A primeira música gravada foi “Marcha da Zebra”, para o álbum Rio, Carnaval e Amor 1973. Na televisão, foi também jurada do Show dos Calouros, no SBT, apresentou o talk show Elke na mesma emissora, além da novela A volta de Beto Rockfeller, na TV Tupi (1973) e da minissérie Memórias de um Gigolô (1986), na Globo. Atuou em 28 filmes.