BRASÍLIA – Pelo menos sete candidatos a prefeito ou vereador foram vítimas de homicídio desde o início da campanha eleitoral neste ano. No total, até esta sexta-feira (27), 108 candidatos pelo país faleceram por causas diversas.
Dois dos casos de violência aconteceram nesta semana, nas duas maiores Regiões Metropolitanas do país. Em Santo André, no ABC Paulista, Luis Antonio de Jesus Barbosa, conhecido como Luis Lampião, candidato a vereador pelo União Brasil, foi encontrado em Diadema, cidade vizinha, na última terça-feira (24). Ele tinha 57 anos.
No mesmo dia, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o vereador João Fernandes Teixeira Filho, conhecido como Joãozinho Fernandes (Avante), que concorria à reeleição, foi morto a tiros na cidade. Duas mulheres também foram baleadas e levadas para um hospital. Joãozinho tinha de 48 anos.
Minas Gerais também registra um caso de homicídio contra candidato. No dia 20 de agosto, Ilso Justino dos Santos, conhecido como Buiu do Posto, foi assassinato com tiros ao lado de outro homem, dentro de uma casa. Ele era vereador de Ervália, na Zona da Mata, e tentava a reeleição pelo Podemos.
Prefeito assassinado
Um prefeito, que concorria a um segundo mandato, foi vítima de homicídio na campanha eleitoral. Marcelo Oliveira (União), prefeito da cidade de João Dias (RN) foi assassinado em 27 de agosto, também a tiros. Ele participava de uma caminhada, em ato de campanha, na periferia da cidade.
A motivação do crime ainda está sendo investigada. O pai do prefeito, que estava com ele no momento do crime, também foi baleado e morreu. Doze pessoas foram presas, suspeitas no envolvimento no duplo homicídio. Entre elas, um taxista e uma pessoa que estava com ele em um carro.
Veja outros casos de homicídios contra pessoas que concorriam nas eleições municipais:
- Leomar Mandato (PV), candidato a vereador em Governador Lindenberg (ES);
- Tião de Dois Leões (Republicanos), candidato a vereador em Pombos (PE);
- Welinton do Uber (PSB), candidato a vereador em Tanguá (RJ).
Suspeita de assassinato
Já no município de Venha-Ver (RN), a vereadora Edivânia Freitas (MDB), que tentava se reeleger, foi encontrada morta, no dia 9 de agosto, embaixo de um carro, na zona rural do município. A polícia ainda investiga as circunstâncias do acontecimento.
Um homem que estava com ela relata que tinha parado o carro para urinar, enquanto ela se abaixou para lavar o rosto em um barreiro de água. Neste instante, o carro desceu e ela foi atropelada. O homem afirma que o veículo estava sem freio de mão, e que teria tentado tirar o automóvel de cima da vítima. Porém, ele foi preso e a polícia suspeita que a morte tenha sido intencional.
Tentativas de homicídio
Nesta quinta-feira (27), a candidata a vereadora de São Paulo pelo MDB, Léo Áquilla, foi alvo de disparos de arma de fogo após parar o carro a caminho de Guarulhos. Ninguém se feriu.
Mulher trans, ela narra que um motociclista armado atirou no carro onde ela e seu assessor estavam, na Rodovia Presidente Dutra. A moto bateu no retrovisor do carro e parou no acostamento. Eles decidiram parar para conferir a gravidade, quando vieram os disparos.
Ainda na última terça-feira, na Região Metropolitana de São Paulo, o candidato a vereador de Mauá, Leandro Hernandez Felipe (União), sofreu um ataque a tiros em um parque da cidade.
As investigações apontam que ele estava em frente ao seu escritório quando um motoqueiro passou e atirou contra ele, mas sem acertá-lo. Leandro ficou ferido e foi levado a um hospital.