O Cruzeiro chegou perto, mas não conquistou o título inédito da Copa Sul-Americana. No jogo mais importante da reconstrução celeste, a equipe comandada por Fernando Diniz teve um ‘apagão’ nos primeiros minutos do jogo, levou dois gols do Racing, da Argentina, e perdeu o duelo decisivo da Sula por 3 a 1, no Estádio La Nueva Olla, em Assunção, no Paraguai.
Antes dos 20 minutos de jogo, Martirena e Adrián Martínez fizeram dois gols para o Racing, que ainda teve um gol anulado no segundo minuto da partida. Na etapa final, Kaio Jorge diminuiu. No fim, Roger Martínez marcou e fechou o placar.
O Racing quebra um jejum de 36 anos e volta a ser campeão continental. A última taça internacional levantada pelos argentinos havia sido em 1988, quando a equipe conquistou a Supercopa dos Campeões da Libertadores contra o próprio Cruzeiro.
Além do título, o Racing garante vaga na fase de grupos da próxima Copa Libertadores e também na disputa da Recopa Sul-Americana, contra o campeão da Copa Libertadores (Atlético ou Botafogo).
Já o Cruzeiro, vice-campeão da Sul-Americana, agora volta o foco para o Campeonato Brasileiro. A Raposa ocupa o sétimo lugar, com 47 pontos, e luta por uma vaga na próxima Copa Libertadores.
O próximo confronto do Cruzeiro na Série A é contra o Grêmio. O jogo será realizado na próxima quarta-feira (27), às 21h (de Brasília), no Mineirão.
Cruzeiro desligado
O Cruzeiro entrou em campo desligado e não conseguiu acompanhar a rápida transição do ataque do Racing. Logo no segundo minuto, após lançamento nas costas da defesa celeste e cruzamento na área, a bola sobrou para Martirena fuzilar e abrir o placar. O lance, no entanto, foi invalidado pelo VAR.
O Racing não se abateu com a anulação e seguiu em cima do Cruzeiro. Aos 14’, Walace, escolha de Diniz para o jogo, errou na saída de bola e depois no corte. A bola ficou com Martirena, que fez um cruzamento do lado direito. O chute encobriu Cássio e entrou no ângulo: 1 a 0.
Pouco depois, em novo lançamento nas costas da defesa celeste, Salas ganhou na corrida de João Marcelo e cruzou para a área. A bola passou por Cássio, e Maravilla Martínez apareceu atrás de Villalba para completar para as redes: 2 a 0.
Inconformado com a atuação da equipe, Fernando Diniz optou por substituir Walace aos 30 minutos. Lucas Silva entrou em seu lugar. O time celeste cresceu no jogo, dominou a posse de bola, mas foi pouco efetivo ofensivamente até o fim da etapa inicial.
Faltou pouco
O Cruzeiro voltou com outra atitude para o segundo tempo. O time celeste seguiu com a posse e diminuiu aos 6’. Após grande jogada individual, Matheus Henrique cruzou para Kaio Jorge. O centroavante tentou duas vezes e conseguiu balançar as redes para diminuir o placar: 2 a 1.
O time celeste teve mais controle do jogo na etapa final. No entanto, o Racing se defendia bem e conseguia evitar as finalizações do time mineiro. Com a bola, o time perdeu a força ofensiva demonstrada no primeiro tempo.
Fernando Diniz encheu o time de atacantes e foi para cima do Racing. O Cruzeiro pressionou até fim, mas não conseguiu o gol de empate para levar a decisão para a prorrogação. Pior ainda. Roger Martínez, num contra-ataque, finalizou na saída de Cássio e deu números finais ao jogo: 3 a 1.
Itatiaia