A Vale adotou uma série de medidas para reforçar a segurança de suas barragens para o período chuvoso. Um dos destaques é a implantação de um sistema de monitoramento e previsão meteorológica (SMPM Vale), com avaliação dos 28 modelos globais utilizados pelos institutos de meteorologia e dos principais fenômenos atuantes nas áreas Vale no Brasil. A influência de eventos climáticos extremos, com interferência de fenômenos como El Niño, La Niña e AMO, pode ser prevista nesses modelos.
Em Minas Gerais, a empresa conta com 34 estações meteorológicas, além de satélite e radar meteorológico, para prever eventos climáticos em curtíssimo prazo e curto prazo, e, assim, atuar na preparação de ações preventivas para cada cenário. A Vale conta, ainda, com medição em tempo real dos níveis de reservatórios e indicação dos níveis de emergência das barragens.
Essa medida, entre outras, foram apresentadas no final de outubro para representantes da Agência Nacional de Mineração (ANM), da Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM), do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) e das Defesas Civis Estadual e Municipais. O objetivo foi compartilhar com os órgãos, de forma transparente, os planos de ação e atividades voltadas para a segurança das pessoas e do meio ambiente diante das chuvas.
Manutenção
Outra importante ação preventiva, é o plano de sazonalidade que a empresa executa e aprimora a cada ano, com ajustes e manutenção em estruturas geotécnicas. Em 2024, foram realizadas mais de 300 intervenções, incluindo obras de reforço e manutenção em barragens, dragagem, desassoreamento e ampliação dos sistemas de drenagem e bombeamento. Na barragem Forquilha III, a única da Vale em nível máximo de emergência, foi realizada a limpeza e manutenção dos canais de drenagem do reservatório, além do aumento da capacidade de bombeamento. A barragem está em processo de descaracterização e conta com uma Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ), que é capaz de reter os rejeitos em caso de emergência.
Fortalecimento do treinamento da população
A Vale também tem desenvolvido e fortalecido a cultura de prevenção nas comunidades onde atua. Ao todo, 500 sirenes de alerta estão instaladas em áreas próximas às barragens da empresa e mais de 17 mil placas de sinalização indicam rotas de fuga, áreas de risco e pontos de encontro localizados em área segura. Para que a comunidade e os empregados entendam como agir em caso de eventual emergência, foram realizados em 2024 cerca de 60 seminários orientativos e simulados periódicos de emergência envolvendo barragens.
Além disso, a Vale realizou reuniões de orientação em escolas, com o treinamento de mais de 10 mil crianças e adolescentes. Atualmente, a empresa conta com mais de 80 Planos de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBMs) protocolados junto aos órgãos competentes.
Reforço da segurança e eliminação de riscos
Todas as barragens alteadas a montante estão inativas e sendo eliminadas pela empresa. Das 30 estruturas previstas no Programa de Descaracterização, 16 já foram concluídas e deixaram de oferecer riscos. Além disso, desde 2022, 15 barragens da Vale deixaram o nível de emergência e tiveram a segurança atestada. As condições de segurança e estabilidade das estruturas também são acompanhadas por empresas de auditoria independente, contratadas no âmbito dos Termos de Compromissos firmados com o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG).
Monitoramento permanente
As principais barragens da Vale são monitoradas 24 horas por dia, 7 dias por semana, pelos Centros de Monitoramento Geotécnicos da empresa, além de passarem por inspeções periódicas de equipes internas e externas. Durante o período chuvoso, o monitoramento é intensificado com plantão de equipes administrativas in loco nos finais de semana e feriados, além das equipes técnicas que já atuam permanentemente ao longo de todo o ano, com autonomia para acionamento de sirenes em caso de emergência. Em 2024, foram realizadas ainda melhorias no sistema de monitoramento, como automatização de instrumentos de medição nos reservatórios de barragens e medidores de vazão.
A Vale segue atenta às condições climáticas e monitorando, também, a necessidade de outras ações durante o período chuvoso. A empresa reforça que, mesmo com a adoção dessas medidas, deslizamentos de terras ou vegetação em taludes e encostas são comuns nessa época do ano e não devem ser confundidos com emergências envolvendo barragens. As informações oficiais são sempre divulgadas pela companhia e pelos órgãos competentes.
Assessoria